Do
Céu desceste resplendente e puro
E no
santo mistério em que te apagas
Vestiste-me
o burel de sânie e chagas
E
algemaste-me a lenho estranho e duro.
Nume
solar pairando no monturo,
Terno,
escondendo as flores com que afagas,
Ouviste-me,
em silêncio, o choro e as pragas,
Doce
e invisível no caminho escuro!...
Mas,
da cruz de feridas que me deste,
Libertaste
meu ser à Luz Celeste,
Onde,
sublime e fúlgido, flamejas!
E
agora brado, enfim, de alma robusta:
–
Deus te abençoe, ó Dor piedosa e justa,
Anjo
da redenção! bendito sejas!...
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932